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estar no hospital

newsletter #02

 

caso prático: IPO - Porto

O quê?
Um sistema integrado de sinalética com o objetivo de resolver problemas sem que a intervenção se impusesse no espaço, antes fazendo parte dele, contribuindo para um lugar lógico e funcional, melhorando a permanência dos utentes no hospital.

Quando?
2004 – 2007

Onde?
Instituto Português de Oncologia do Porto

Quem? 
O trabalho foi realizado por uma equipa interdisciplinar interna, orientada pela intervenção da SR Design.

 

“Wayfinding refers to what people see, what they think about, and what they do to find their way from one place to another. Wayfinding involves five deceptively simple factors: knowing where you are, knowing your destination, knowing and following the best route to your destination, recognizing your destination upon arrival, and finding your way back”

Carpman & Grant

 

 
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porquê?

Este projeto surgiu na sequência da reorganização da consulta externa. Neste período, houve uma redução drástica do número de locais de atendimento dos 39 serviços do Instituto, que passaram a ser cinco, identificados como P1, P2, P3, P4 e P5. Para além de uma reorganização do trabalho, esta mudança implicou uma reestruturação do espaço e da orientação e circulação do utente.

Simultaneamente, surgiu a preocupação em tornar a consulta externa num lugar mais humanizado, conscientes da complexidade associada a este conceito: aqui entendido no sentido de compreender o espaço hospitalar e os elementos que o compõem, a forma como os seus utilizadores o ocupam e vivem, em particular o doente, encontrando soluções apaziguadoras do tempo que aí passará.


como?

Definição dos destinatários:
após avaliação inicial, foi determinado que o sistema se destinaria aos utilizadores externos do instituto.

Determinação dos circuitos:
depois de definidos todos os percursos do hospital, foi necessário decidir por onde deveriam circular os utentes.

Uniformização de terminologias:
foi determinante definir os nomes de todos os espaços destinados aos utentes, dentro e fora dos serviços, normalizando terminologias por toda a instituição. Por exemplo, “gabinete 1” devia ser sempre “gabinete 1” e não “consultório médico” ou “gabinete médico”.

Organização do espaço por cor e por números:
A cor foi usada como elemento de identificação e diferenciação, simultaneamente trazendo mais luz para um espaço sombrio, com falta de iluminação natural. Foram escolhidas as cores primárias e duas cores secundárias facilmente identificáveis. Além disso os postos de atendimento foram numerados de 1 a 5, para facilitar a sua identificação pelos utentes.

Desenvolvimento de um sistema modular: usando a forma básica do quadrado, as peças do sistema deviam ser adaptáveis a várias situações, sem se imporem no espaço, mas antes respeitando-o, valorizando as suas características notáveis, tendo sempre em conta uma solução de compromisso entre o preço e a qualidade dos materiais.




Considera a cor como um elemento essencial num espaço? Porquê?

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#02 | novembro 2021 | editado por SR Design: Teresa Calisto e Sofia Rato | sofiarato.com | sofiarato@sofiarato.com